domingo, 14 de outubro de 2007

Francisco Mendes

Será que o palavreado rebuscado e poético, as metáforas pomposas e ocas e as múltiplas adjectivações que chegam aos seis adjectivos não bastavam à escrita de Francisco Mendes como meio de tentar disfarçar a sua fraca capacidade de análise e o óbvio vazio dos seus textos?

Sejamos honestos: a lágrima em forma de turbina que é derramada dos céus em Donnie Darko já teve o suficiente de comédia involuntária e com ela já se atingiu um novo patamar nesta escrita pseudo-poética despropositada e infantil, mesmo que Mendes seja um verdadeiro mestre no estilo. Mas a constante inovação do autor do blog em levar figuras de estilo ao limite do ridículo continua a surpreender. Agora, já nem sequer coloca artigos ou preposições nas frases!

"Wong Kar-wai faz-me muita falta! Sinto necessidade de novas manifestações imagéticas da sedução e beleza hipnótica que enleia suas criações. Mas enquanto não chega a terras lusas o seu “My Blueberry Nights”, sossego ligeiramente minha ânsia nos 10 minutos da curta que criou para o novo televisor da Philips: Aurea."

Fico ansiosamente à espera do texto em que serão, por exemplo, destruídas as convencionais regras de pontuação, de forma que a sua violenta paixão e romantismo possam ficar ainda mais claros aos olhos dos menos sensíveis. Sinceramente, acho que já esteve mais longe.